22/01/2016

Respeito para com os nossos velhos




Os anos passam e os filhos crescem. Escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões. Trilham novos rumos...
O tempo se encarrega da formação de novas famílias. Os netos nascem. Envelhecemos. E então algo começa a mudar.
Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebe as mínimas faíscas no olho de um filho.
Pior é quando implicam com as manias, os hábitos antigos, as velhas músicas. E tentam fazer os velhos pais se adaptarem aos novos tempos, aos novos costumes.
No entanto, os pais estão apenas idosos. Mas continuam em plena posse da mente.
Por que tratá-los como se fossem inúteis ou crianças sem discernimento?
Sim, é o que a maioria dos filhos faz. Dá ordens aos pais, trata-os como se não tivessem opinião ou capacidade de decisão.
E no entanto, no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há imenso amor. Naquelas mãos tremulas, há sempre um gesto que abençoa, acaricia.
A cada dia que nasce, lembre-se... está mais perto o dia da separação. Um dia, o velho pai ou mãe já não estará aqui.
O cheiro familiar da mãe estará ausente. As roupas favoritas para sempre dobradas sobre a cama...
Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos. Paciência com eles quando falam interminavelmente sobre doenças ou outro assunto que eles valorizam.
Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça as histórias (mesmo que sejam repetidas) e dê-lhes atenção, afecto...
Acredite: dentro daquele velho coração brotarão todas as flores da esperança e da alegria.