28/02/2012
Estou assim, só hoje....
enquanto la fora o tempo está nublado
vou ouvindo musicas que me marcaram
ao som delas libertei lágrimas de saudade
lágrimas de felicidade
lágrimas de desespero
algumas delas já foram há algum tempo
outras há tão pouco
talvez pouco devido a estarem tão presentes em mim
por mais vezes que as tente deixar de ouvir não consigo
cada palavra das suas letras tocam no meu coração
cada batida do seu ritmo faz com que me recorde daqueles momentos que passei
fecho os olhos e entro completamente dentro do que se passava na altura que a ouvia
transporto o meu pensamento aos mais variados locais
fico junto da pessoa com a qual as ouvia
vejo o sol vejo a lua as estrelas ou o mar a libertar o seu som...
por momentos esqueço-me que afinal estou aqui sozinha
que lá fora não há sol não há lua nem ouço o mar
parece que tudo se passa neste exacto momento
meu pensamento ainda vai buscar aquele alguém que um dia o ensinou a ouvir estas musicas
enquanto apreciava o que tanto gostava...
irei ouvi-las eternamente mesmo sabendo que me tocam tão fundo
mesmo sabendo que ouvi-las não me dá alento
mas sim me deixam triste e tão distante do mundo
afinal dentro de mim ainda existe um turbilhão de sentimentos
que o tempo não apagou
a chuva não molhou
o vento não levou
o fogo não queimou
a lua não os escureceu
mas o sol tem lhes dado a luz que os mantém vivos
sei que tais sentimentos não serão eternos
felizmente não serão!
mas enquanto esse dia não chega vou vivendo neste mundo e sonhando com o meu mundo
aí sim irei ser quem quero quem sempre quis ser....
19/02/2012
À mãe natureza...
Perdão, eu errei!
Não é esta aqui a natureza que eu quis.
Que tomba indefesa, perdendo a beleza.
Trazendo a tristeza, na terra que eu quis.
Não é esta aí a terra que eu quis.
Desfeita em pedaços por grandes ricaços,
Por mãos criminosas do homem que eu fiz.
Não é este aí o homem que eu quis.
Que vive oprimido, que anda perdido.
Que cai abatido no mundo que eu fiz.
Será que eu falhei? Me digam vocês!
Será que eu pus muita água no mar?
Será que é o calor do meu sol a queimar?
Se acaso é assim, perdão, eu errei!
Agora eu lhes digo o mundo que eu quis:
As estrelas não brigam, o sol não se afasta,
O mar não soçobra na terra que eu fiz.
Agora eu lhes digo a terra que eu quis:
Sem ódio, sem guerra, sem tanta injustiça,
Que ferem meu filho, o homem que eu fiz.
Agora eu lhes digo o homem que eu quis:
Um homem liberto, fraterno e aberto,
Fazendo da vida um canto feliz.
Será que eu falhei, por ser bom demais?
Será que o Amor, a justiça e a Paz
Não valem mais nada no mundo que é meu?
Se acaso é assim, perdão, eu errei!
Não é esta aqui a natureza que eu quis.
Que tomba indefesa, perdendo a beleza.
Trazendo a tristeza, na terra que eu quis.
Não é esta aí a terra que eu quis.
Desfeita em pedaços por grandes ricaços,
Por mãos criminosas do homem que eu fiz.
Não é este aí o homem que eu quis.
Que vive oprimido, que anda perdido.
Que cai abatido no mundo que eu fiz.
Será que eu falhei? Me digam vocês!
Será que eu pus muita água no mar?
Será que é o calor do meu sol a queimar?
Se acaso é assim, perdão, eu errei!
Agora eu lhes digo o mundo que eu quis:
As estrelas não brigam, o sol não se afasta,
O mar não soçobra na terra que eu fiz.
Agora eu lhes digo a terra que eu quis:
Sem ódio, sem guerra, sem tanta injustiça,
Que ferem meu filho, o homem que eu fiz.
Agora eu lhes digo o homem que eu quis:
Um homem liberto, fraterno e aberto,
Fazendo da vida um canto feliz.
Será que eu falhei, por ser bom demais?
Será que o Amor, a justiça e a Paz
Não valem mais nada no mundo que é meu?
Se acaso é assim, perdão, eu errei!
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