Não é esta aqui a natureza que eu quis.
Que tomba indefesa, perdendo a beleza.
Trazendo a tristeza, na terra que eu quis.
Não é esta aí a terra que eu quis.
Desfeita em pedaços por grandes ricaços,
Por mãos criminosas do homem que eu fiz.
Não é este aí o homem que eu quis.
Que vive oprimido, que anda perdido.
Que cai abatido no mundo que eu fiz.
Será que eu falhei? Me digam vocês!
Será que eu pus muita água no mar?
Será que é o calor do meu sol a queimar?
Se acaso é assim, perdão, eu errei!
Agora eu lhes digo o mundo que eu quis:
As estrelas não brigam, o sol não se afasta,
O mar não soçobra na terra que eu fiz.
Agora eu lhes digo a terra que eu quis:
Sem ódio, sem guerra, sem tanta injustiça,
Que ferem meu filho, o homem que eu fiz.
Agora eu lhes digo o homem que eu quis:
Um homem liberto, fraterno e aberto,
Fazendo da vida um canto feliz.
Será que eu falhei, por ser bom demais?
Será que o Amor, a justiça e a Paz
Não valem mais nada no mundo que é meu?
Se acaso é assim, perdão, eu errei!
Meu Deus, meu pai...Eu Te Amo, perdão...
ResponderEliminarO autor desta letra não é desconhecido. Chama-se Benedito Ballio Prado, Ex-Frade Franciscano Conventual, meu ex-confrade, aliás. Esta letra foi composta na década de 1970. Mais conhecido como "Dito", ele hoje reside na cidade de Itaberaba, na Bahia, foi vereador pelo PT na legislatura passada e é um militante das lutas populares. Ele é um daqueles que durante todos estes anos não esteve dormindo... Ele faz parte do Gigante que nunca adormeceu.
ResponderEliminarIsso escrevo eu, José Basilio de Oliveira, Advogado dos Sindicatos dos Assalariados e Agricultores Familiares do Oeste/noroeste do Paraná e Sul do Estado de Mato Grosso do Sul.
Contatos com este que vos escreve: basilioguaira@hotmail.com
A música, linda, também é do Frei Dito. Conferir em http://www.youtube.com/watch?v=89DcHlVIEFc
Agradeço muito o ter-me informado do autor desta letra, estive a ver o vídeo lindo e emocionante, mais uma vez obrigada!!!
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